Irineu Siqueira Neto
Bom dia, boa tarde e boa noite meus amigos!
Ontem eu fui até a cidade de Peixoto de Azevedo a 700 km de Cuiabá e 200 daqui de Sinop. Fui atrás de uma "lenda" de um Dodge Charger que estava em uma fazendo se acabando ao tempo.
A cidade de Peixoto ficou conhecida pela corrida do ouro nos anos 70 e 80 e por sua violência desenfreada, onde se "matava só pra ver o tombo". Não obstante, hoje em dia é uma cidade como outra qualquer do interior.
Quando você está restaurando um carro, é sempre bom se comunicar com a maioria das pessoas a respeito disso, informando marca e modelo do seu projeto, assim de onde menos se espera vem uma informação como essa.
Após ouvir a história sobre este carro, passei a me inteirar do assunto, colhi o maior numero de informações possíveis de pessoas de Peixoto, liguei em auto-peças e oficinas de lá, o mais estranho e que muitas pessoas nem conhecem mais o carro de que estou falando, numa dessas ligações me passaram o número de um ferro velho de alguém que conhecia alguém, que tinha um "pia"(pilha) de Landau em uma chácara, pensei: está esquentando.
Liguei o celular que me passaram e nada de dar linha, até que enfim falei com o Macedão, dono do lugar e que tinha sim esse carro, indaguei-o sobre a parte mecânica dele, não sobrou praticamente nada, só metade da suspensão dianteira, o destino mais inusitado foi o do diferencial que o comprador iria utiliza-lo em um picador de qualquer coisa, foi sua merecida fama de inquebrável atravessa gerações que o fez ter esse "destino cruel". Marquei então que na próxima semana iria até lá para ver o estado do carro.
Saí de Sinop bem cedo, 6:00 horas da manhã, quando foi 8:07 cheguei em Peixoto, e nem precisei ligar pro Macedão para me localizar pois foi muito fácil achar seu ferro velho, dei uma volta de reconhecimento no local fiz meia-volta, desci do carro me aproximei e perguntei pelo nosso amigo, me responderam: é esse de camisa vermelha ali! Me apresentei e começamos a falar sobre os Dodges e outros V8 nacionais que foram desmanchados por ele ao longo dos anos, me contou que desmontou mais de vinte carros entre Dodge e Maverick V8, tudo no machado para não gastar energia na lixadeira!
Essa frase despertou os meus instintos mais primitivos! Se eu não fosse Cristão...
Vamos ao que interessa!
O Dodge em questão não é um Charger e sim um Gran Sedan 4 portas de grade dianteira quadriculada, pelo que consegui desvendar deve ser um 74-76,
não obtive exito em abrir o capô para checar a plaqueta, a parte de frisos está bem completa, assim como as maçanetas da porta e as maquinas de vidro.
O que me interessou no carro foi sua dianteira que parece muito íntegra, com tudo no lugar e que não sofreu muito a ação do tempo, confira:
Como o meu Charger 75 bateu a frente do lado esquerdo, é quase certeza que precisarei dessas miudezas para montar faróis, setas e afins. E basicamente é que que mais interessa, o restante servirá para doador de peças e posterior venda para outros restauradores.
O que você acha vale a pena? A pedida? Me diga quanto você pagaria, segue mais fotos:
Para finalizar, esta foto, minha preferida, ficou poética não é mesmo?
|
Não foi a toa que abriu o post! |
É aí meu amigo, preciso de você, quer pagar o que?